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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Uma previsão do futuro – XIV

Resposta ao desafio da Ana

Após a reunião assaz estranha e inimaginável onde gratas recordações vieram a lume no seu espírito, Ângela regressou ao seu gabinete e aguardou por alguns dos seus colegas da equipa de gestão.

Um a um foram chegando e sentaram-se à frente da secretária da responsável máxima aguardando o que Ângela teria a dizer. Após um breve silêncio a Administradora iniciou a reunião:

- Bem… como calculam a reunião com o… Al… o engenheiro Alcides Correia foi, no mínimo, estranha. Jamais pensei ver este senhor com quem convivi há muitos anos. Na altura perdi-lhe o rasto…

Levantou-se do seu lugar, virou-se para a paisagem urbana e continuou:

- Não sei o que decidirá o engenheiro, mas uma coisa assumo já aqui e agora… se ele vier para a empresa eu peço imediatamente a demissão. Não quero que haja choques de interesses.

Um burburinho fez-se ouvir e um dos colegas acabou por perguntar:

- Ângela… e qual será o nosso futuro sem a sua presença?

Ela esboçou um sorriso, rodou 180 graus, e enfrentou o outro sem mágoa nem rancor:

- A minha previsão é que o futuro será sempre risonho. Cada um de vós sabe muito bem o que faz e com a chegada do engenheiro a nossa maior falha fica colmatada.

- E a Ângela? Que vai ser de si?

- Eu? Vou finalmente viver o amor da minha vida!

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