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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Uma pergunta intrigante – XVIII

Resposta ao desafio da Ana

Caía a noite sobre a cidade.

Ângela passara a tarde a ler estendida no sofá envolta numa manta quente. A chávena de chá fumegante estava já vazia após uma infusão de erva-príncipe. Lá fora uma água miúda batia na vidraça ajudada por vento algumas vezes forte.

Passara a manhã a responder a algumas entrevistas de emprego, mas ao invés de um normal desempregado era a ela que ligavam para recusar o emprego. Havia propostas para ser um pouco de tudo: Chefe de Recursos Humanos numa empresa de trabalho temporário, Administradora de consultora na área do retalho, directora de departamento de Auditoria de um banco.

Era óbvio que a sua fama de gestora de sucesso a precedera e daí os convites que caiam uns atrás dos outros.

 No entanto a sua cabeça saltitava entre o livro que tinha à sua frente e… Alcides naquele seu primeiro dia na empresa que ela dirigira nos últimos três anos com um sucesso evidente.

O curioso é que ainda não se tinham encontrado a sós desde aquela reunião atípica. Apenas troca de números de telefone que ainda nenhum usara. O seu coração começou a bater mais depressa e finalmente perguntou a si mesmo:

- Será Alcides o mesmo de há quinze anos?

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