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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Uma metáfora para a vida - XXX

Resposta ao desafio da Ana

Sentado nas escadas graníticas e frias da casa, via os gémeos Manuel e António numa brincadeira com o Gerúndio, um cão rafeiro que aparecera perto de casa e que rapidamente fora adoptado.

Dois degraus abaixo Ângela afagava a barriga volumosa de uma Rosa prestes a vir ao Mundo.

- Amor? – chamou ela.

- Diz querida.

- Se um dia alguém escrevesse a nossa história qual achas que deveria ser o título?

- Ui – respondeu Alcides, soprando – sei lá…

- Vá faz um esforço… Tens tanta imaginação…

Alcides sorriu, desceu os dois degraus que o separavam da esposa e puxando a cabeça deu um beijo nos cabelos. Por fim acrescentou:

- “O Amor é lindo” seria um nome giro!

- E que lição tirarias?

Alcides desceu outro degrau e ficando de frente para a esposa, questionou:

- O que é que se passa na tua cabeça? Que coisa essas tuas perguntas!

Ela riu com gosto e finalmente sussurrou:

- Desculpa querido, mas o autor disto é um coscuvilheiro…

Uma gargalhada sonora ecoou na planície para no instante seguinte ela gritar:

- Ai homem  que me rebentaram as águas!

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