Um prazer inenarrável – XXIII
Resposta ao desafio da Ana
Caía sobre a cidade o escuro manto da noite. Iniciara, entretanto, a soprar uma brisa fria e desconfortável. Alcides pegou no seu casaco e colocou-o sobre os ombros de Ângela que educadamente recusou:
- Obrigado Alcides, mas não necessito de casaco. Geralmente não sou friorenta.
- Isso é raro nas mulheres.
- Pois é… - concordou ela.
Levantaram-se do banco do velho jardim e principiaram a andar lado a lado. Caminhavam devagar. As luzes da cidade surgiam agora à sua passagem como se quisessem iluminar o caminho de ambos.
Foi ela que reparou:
- Que coisa estranha…
- Que foi? - Perguntou ele.
- Conforme vamos andando as luzes vão-se acendendo.
- Olha pois é… que coisa tão engraçada – concordou Alcides para logo acrescentar:
- Queres ir jantar?
Ao que Ângela respondeu:
- Talvez mas mais daqui a pouco… porque é um prazer inenarrável ver este fenómeno!