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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Um objecto quotidiano – V

Resposta ao desafio da Ana

Sentado à secretária no enorme anfiteatro, Alcides aguardava a vinda dos alunos. Um a um foram chegando pela porta de lado e foi cumprimentado:

- Bom dia!

Cumprimento que todos respondiam de igual forma.

Olhou o relógio e percebeu que faltavam ainda dois minutos para a hora do início da aula. Foi folheando uns compêndios que estavam espalhados na secretária, abria uma página depois tirava anotações para, de súbito, se levantar aproximando-se do estrado de madeira para principiar a aula.

Porém faltavam 30 segundos, quiçá o suficiente para chegaram mais discentes. Olhou o relógio e deixou que este fizesse correr lentamente o tempo. Assim que chegou à hora certa retirou-o do pulso, agitou-o nas mãos e depois principiou:

- Bom dia mais uma vez.

- Bom dia senhor engenheiro – responderam em uníssono os alunos espalhados pela plateia.

- O que tenho aqui na minha mão é um aparelho que mede o tempo. Chama-se relógio, mas vocês já sabem. O que talvez não saibam é que é um objecto quotidiano, certo?

Silêncio sepulcral. Para logo a seguir um braço levantar-se e alguém perguntou:

- Engenheiro o que quer dizer quotidiano?

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