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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Beijos!

Para a minha neta

Beijei-te!

Um beijo simples, suave,

encharcado em carinho.

Tu sorriste inocente.

 

Beijei-te!

Gesto repentino e tão meu,

inundado de ternura ilimitada.

Tu aceitaste como dádiva.

 

Beijei-te!

Quantos mais receberás?

Tão iguais ao meu.

Tu agradeceste com o olhar!

 

Deixa-me beijar-te

até ao infinito.

Pois é, por ti, e até aí

que vai o meu amor!

Dois anos!

O tempo esse guloso de vida

Somou mais um, um apenas

A um outro de alegria vivida,

De manhãs e tardes amenas.

 

Desfolharam-se longos dias

Em que foste dama e rainha.

Desembrulhaste alegrias,

A alma deixou de ser minha.

 

Dois anos de certezas e amor.

De risos e palavras perdidas

Dois anos de gargalhadas e calor

De ternuras jamais escondidas.

 

As tuas doces e quentes palavras

São mel, pérolas doces, macias.

Teus gritos são inocentes loucuras,

Que eu recebo como belas carícias.

 

Será tonto este amor, esta paixão

Por ti quando te pego e te sinto?

Será luz ou simplesmente ilusão

Estas palavras que ora te pinto?

Saudades tuas!

Revi-te hoje… tão, tão ao longe.

Esse sorriso matreiro, inocente

Agora que pareço um monge…

Não esqueço esse riso quente.

 

Tenho saudades, muitas, tantas

De se sentir encostada a mim

Sei que te enrolas em mantas

Numa brincadeira sem fim.

 

Quanto tempo decorrerá ainda

Até te receber nos meus braços?

Sei que a minha vida não finda,

Até voltar a receber teus abraços.

 

És o meu incalculável tesouro

Que quero para sempre resguardar

Não há sarraceno nem mouro,

Que eu não te consiga guardar!

Amor ou amar-te?!

Sinto-te estreitada nos meus braços

Enquanto te balanço docemente

Reparo então nos teus traços

Pois o teu doce olhar não mente.

 

Brincamos juntos as brincadeiras

Que jamais pensei um dia brincar.

Estamos presos em vidas inteiras

Mas há ainda tanto para tocar.

 

Estendes-me os teus dias melosos

Numa oferta que não mereço.

São momentos singelos, luminosos

Em que simplesmente tropeço.

 

Bem vinda à minha vida!