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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

0nze anos!

Em 2012 decidi dar luz a alguns textos que estavam guardados e outrossim fazer nascer outros que dormiam dentro de mim.

Mais de uma década passada continuo a perguntar-me se terá valido a pena abrir este blogue? Não só por aquilo que aqui vou depositando, mas principalmente porque tento esclarecer-me quanto à qualidade destes nacos de textos. Maldita dúvida!

Independentemente daquilo que penso sobre a minha escrita, vou continuar por aqui.

Agora com os desafios recentes e que eu próprio alimento...

Obrigado a quem aqui vem!

Sabe bem saber que desse lado há sempre alguém e ler-me!

Rosa de Maio

Para a Fátima Soares com um beijo de muitos parabéns

 

 

Colhi-te numa Primavera.

Eras simplesmente um botão de rosa,

Fechado, temeroso e ingénuo.

O mundo era ainda uma aventura,

Mais que um desejo ou fronteira.

 

Com o tempo foste abrindo.

E logo o perfume começou a exalar.

Inebriante, doce, belo e sedutor.

Polvilhei-te então com pequenas gotas

De amizade fresca e sorriso jovial.

 

Um dia uma veluda pétala,

no dia seguinte um estame.

Uma noite um perfume,

na outra noite uma alegria.

E a rosa a florir feliz.

 

Um espinho deixou então marca.

Pois uma brisa levara-lhe a coberta

Balançando ao vento da tarde.

Do sangue quente e vermelho,

Veio o sopro que a desfolhou.

 

Já rasa de aveludadas pétalas

Olho-a ainda com doçura

Pois perdura o seu perfume.

Deixou assim de ser a flor singela

Para ser a Roseira Brava do meu jardim.

Um ano depois

 

Faz hoje um ano que iniciei este blogue.

 

Cento e trinta e oito posts depois e mais de uma centena de comentários é todo o pecúlio que aqui fui juntando.

 

Mantive-me claramente mais fiel a um outro blogue, de temas mais generalistas e que vou alimentando devagar. Quanto a este, fiz o possível por ser competente e audaz. Provavelmente sem sucesso!

 

Tenho porém a certeza, que as mais de 2000 visitas que consigo contabilizar se devem essencialmente à fase em que partilhei com a Fátima (ou Verniz Negro, como sempre aqui assinou) grande parte das “estórias” que aqui alternadamente fomos “desembrulhando”, numa aventura muito engraçada.

 

Foi uma experiência fantástica que me obrigou a disciplinar e a puxar pelo melhor e pior que tenho dentro de mim. Sem rodeios!

O futuro? Bem… nestas coisas de previsões, reside sempre a ideia de que se espera mais do que aquilo que foi feito. Todavia não sei se terei arte e engenho para tanto.

 

Desejo obviamente, neste meu primeiro post de aniversário, agradecer a todos quantos se maçaram a vir aqui ler, aos comentadores e acima de tudo exibir publicamente a minha mais profunda gratidão à Fátima, por todo o empenho, pela ternura, pelo carinho e pela sua tão natural capacidade para a escrita e que aqui colocou duma forma tão competente e profissional.

 

Um grande bem-haja para a minha amiga Fátima!

 

Vemo-nos (e lemo-nos!) por aí…