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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Saudades tuas!

Revi-te hoje… tão, tão ao longe.

Esse sorriso matreiro, inocente

Agora que pareço um monge…

Não esqueço esse riso quente.

 

Tenho saudades, muitas, tantas

De se sentir encostada a mim

Sei que te enrolas em mantas

Numa brincadeira sem fim.

 

Quanto tempo decorrerá ainda

Até te receber nos meus braços?

Sei que a minha vida não finda,

Até voltar a receber teus abraços.

 

És o meu incalculável tesouro

Que quero para sempre resguardar

Não há sarraceno nem mouro,

Que eu não te consiga guardar!

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