Salvação!
Num mundo repleto de certezas
Há brilhos dúbios.
Numa vida plena de apontamentos,
Há laivos de tristeza.
Os dias que desabrocham a cada manhã
Têm o cheiro da maresia.
As noites que poisam na minha janela,
Trazem o aroma da esperança.
Os caminhos que vou em paz trilhando,
Outrora rios, estão secos.
Porque o doce marulhar da água límpida,
Tornou-se vento suão.
Estendes-me a mão em pleno socorro,
Mas nem sei se mereço.
Não desejo que agora me salvem assim,
Só quero de mim salvar.