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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Poema de resistência e amor

Este poema foi escrito em homenagem a um bom amigo vítima de Esclerose Múltipla, doença da qual viria a morrer. Trabalhámos juntos muitos anos e durante todo esse tempo sempre mostrou uma coragem e uma tenacidade de fazer inveja. Hoje recordei-o e a este breve poema.

 

Por vales de seda e linho,

Desafias um longo caminho…

De dor, de dor.

 

Um trilho ímpio, sinuoso,

Amargo, tenebroso…

E triste e triste.

 

Entre loas de imenso fervor

Há uma história de amor…

E paz e paz.

 

Renasce das tuas entranhas,

Uma aragem todas as manhãs,

De viver, de viver.

 

És a força, o mar e a terra,

Que em ti frágil, encerra…

A glória, a glória.

 

Os teus sonhos brilhantes,

São ósculos de amantes,

Sorrindo, sorrindo.

 

Resistes como um ancião vadio,

À morte num desértico baldio…

Tenaz, tenaz.

 

Coragem é quem vive assim,

Simplesmente tão perto do fim,

E ama e ama.

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