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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Fado!

Há um fado só e triste no meu coração

Que não sabe cantar as minhas dores

Foge e esvai-se por entre a minha mão,

Como água fria entre sonhos e amores.  

 

Há um fado só e triste na minha vida

Que deseja ser força, amor e canção.

Dor pra ser cantada, chorada, sofrida.

Num fado tangido por uma emoção.

 

Há um fado nos meus lábios a bailar

Conta histórias de amores perdidos.

Não sei o que ele quererá ora falar,

Talvez um assomo de olhos sofridos.

 

Há um fado há, neste tempo triste,

Contam-me que sou o poeta da dor.

Porque escrevo assim, tu já me viste,

A escrever, a ler e a chorar por amor!