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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Dor que dói!

Há longos dias e noites,

assim

Feitas de lágrimas e tristezas

Não sei se é apenas

de mim,

Ou de caminhos e incertezas!

 

Procuro na minha vazia

mão

Aquele aperto tão desejado.

Consigo encontrar um

não,

Um grito de raiva adiado.

 

Olho o horizonte lá

longe,

Traz uma esperança enrolada.

Em profecia de um

monge,

Que me diz malfadada.

 

Partir poderia ser

solução

Para a dor neste peito,

Mais valia que fosse

coração,

Haveria mais alegria a eito!

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