Dois anos!
O tempo esse guloso de vida
Somou mais um, um apenas
A um outro de alegria vivida,
De manhãs e tardes amenas.
Desfolharam-se longos dias
Em que foste dama e rainha.
Desembrulhaste alegrias,
A alma deixou de ser minha.
Dois anos de certezas e amor.
De risos e palavras perdidas
Dois anos de gargalhadas e calor
De ternuras jamais escondidas.
As tuas doces e quentes palavras
São mel, pérolas doces, macias.
Teus gritos são inocentes loucuras,
Que eu recebo como belas carícias.
Será tonto este amor, esta paixão
Por ti quando te pego e te sinto?
Será luz ou simplesmente ilusão
Estas palavras que ora te pinto?