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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Desgarrando!

Com a ajuda competente da Maria João

Dizem que sem a Musa

Não há poemas, rimas.

Já ninguém diz que usa

Os versos e as cismas.

170 comentários

Maria João Brito de Sousa 29.08.2023

Versos podem ser rimados,
Ou não ter rima nenhuma,
Mas se não são bem esgalhados
Lev`ós o vento, qual pluma!
*
Mª João
José da Xã 29.08.2023

Nem me fale em vento,
Q'uesta semana doeu
O eólo qual jumento,
A zurrar que nem eu.
Maria João Brito de Sousa 29.08.2023

Senti-o! Quase voei
Quando fui tomar café:
Nem sabe as voltas que dei,
Quase fui de marcha à ré!
*

Mª João
José da Xã 29.08.2023

Fui corrido da praia
Com as coisas às costas
Sem direito a gandaia.
Com chapéu às voltas.
Maria João Brito de Sousa 29.08.2023

Estava um dia tão bonito
Mas o vento estragou tudo:
Eu, ao cair, dei um grito,
Mas o chapéu ficou mudo, rsrsrs
José da Xã 29.08.2023

Não caí pouco faltou,
Danado sem abrandar.
Um chapéu que saltou,
Para longe aterrar.
Maria João Brito de Sousa 29.08.2023

Inda bem que o não perdeu,
Pois se o tivesse perdido
Diria, como disse eu:
- Ó vento, foste um bandido!
José da Xã 29.08.2023

Não era meu o dito,
Que estava bem fundo.
Descobri com um grito,
Acordou todo o Mundo.
Maria João Brito de Sousa 29.08.2023

Não tem mal nenhum
Que este mundo acorde:
Grito não faz BOOOM,
Não mata, nem morde!
José da Xã 29.08.2023

Não morde porém magoa,
Sei bem do que escrevo.
Não oiço mosca que voa
Nem palavra de enlevo.
Maria João Brito de Sousa 30.08.2023

A mim, vai-me o sono vindo,
Nada de jeito já digo...
Mas não dou isto por findo:
Até amanhã, meu amigo!
José da Xã 30.08.2023

Muito bom dia alegria
Cá estamos de novo
Viver um novo dia
Sera uma bizarria.
Maria João Brito de Sousa 30.08.2023

Bom dia, José, bom dia!
Vamos, então, desgarrar!
Se isto der em bizarria,
Mais dará pra gargalhar!
José da Xã 30.08.2023

Ola Maria João
Amiga de desgarrar
Digo mesmo de coração
Nao sei onde acabar
Maria João Brito de Sousa 30.08.2023

Ninguém sabe onde acabar
Depois de ter começado,
Que isto de bem desgarrar
Nunca tem um fim marcado
José da Xã 30.08.2023

Seja tarde ou cedo
Que importa é rimar
Livre ou pleno de medo
Que importa é versejar.
Maria João Brito de Sousa 30.08.2023

O que importa é versejar
Com boa disposição
Que assim se podem curar
Enjôo e constipação!
José da Xã 30.08.2023

Enjôo e constipação
É coisa que nao uso.
Talvez uma insolação
Dizem estar em desuso.
Maria João Brito de Sousa 30.08.2023

Quem dera que não se usasse,
Porque eu estou mesmo enjoada
E como se não bastasse
Também ando constipada, rsrsrsrs
José da Xã 30.08.2023

Constipações de Verão
É realmente do piorio.
Mais vale louca paixão
Que ter nariz num fio.
Maria João Brito de Sousa 30.08.2023

Não num fio, mas gota a gota
E sem parar de pingar,
Já tenho a toalha rota,
Estou farta de me assoar! rsrs
José da Xã 30.08.2023

Isso pingo a pingo
É coisa aborrecida.
Prefiro perder ao bingo
Que andar nessa vida.
Maria João Brito de Sousa 30.08.2023

Ao bingo não perco nada,
Nem sequer na raspadinha
Eu gasto a minha "mesada"
Que é pequena mas é minha!
José da Xã 30.08.2023

Não jogo esse jogo
nem outro qualquer
A pensão vai logo
para pagar o aluguer!
Maria João Brito de Sousa 30.08.2023

E a minha, pobre dela,
Fica muito desbastada
Na farmácia, que a mazela
Precisa de ser tratada...
José da Xã 30.08.2023

Antes numa batota
Que numa farmácia.
Talvez o doutor Tota
Tenha essa audácia.

Nota: Tota corresponde a médico em minderico.
Maria João Brito de Sousa 30.08.2023

De Tota e de louco, todos temos um pouco

Eu à batota não jogo
E só sei jogar xadrez
C`o computador, a rogo,
Pois não ganho há mais de um mês...
José da Xã 31.08.2023

Não jogo nem à moeda
Pois prefiro escrever.
Quadras que nem seda
Para quem as quiser ler.
Maria João Brito de Sousa 31.08.2023

Eu cá não jogo a feijões
Que o feijão está muito caro
E contra o euromilhões
Neste instante me declaro!
José da Xã 31.08.2023

Uma cautela semanal
Faz quarenta anos
Na totalidade anual.
Não há lucros nem danos.
Maria João Brito de Sousa 31.08.2023

Cautela tenho eu de ter
Com cada pequeno gasto:
Mal me chega pra comer
E pra vestir não me basto...
José da Xã 31.08.2023

A vida é danada
A pregar-nos partidas
Umas vezes nem é nada,
Outras são mui tremidas.
Maria João Brito de Sousa 31.08.2023

Mas nós vamo-nos safando
Das partidas que ela prega
Até ao dia nefando
Em que a sorte se nos nega
José da Xã 31.08.2023

Será azar ou sorte
Ir vivendo a vida.
Para mim até a morte
Será a sorte devida.
Maria João Brito de Sousa 31.08.2023

Tem a sorte o seu papel
No grande jogo da vida:
Às vezes dá-se a granel
E, outras, fica escondida...
José da Xã 31.08.2023

Não acredito em tal
Sorte é coisa estranha.
Umas vezes é bestial
Outras uma façanha.
Maria João Brito de Sousa 31.08.2023

Sorte é uma variável
Bem difícil de explicar
Que ocorre se o improvável
Se passa a mat`rializar
José da Xã 31.08.2023

O que será o azar
o inverso da sorte?
Azar rima com casar
e a sorte com morte!
Maria João Brito de Sousa 31.08.2023

É o inverso da sorte
Ou então a falta dela,
Consoante o que o conforte
Quando o seu dedo martela, rsrsrs
José da Xã 01.09.2023

O dedo mui martelas
Palavras boas a eito.
Há que olhar prá elas
Para lhes apanhar o jeito.

Bom descanso!
Maria João Brito de Sousa 01.09.2023

Tenha um bom descanso, amigo!
Eu já ganhei mais um dia
Na desgarrada consigo
O que, pra mim, é folia !
José da Xã 01.09.2023

Folia não é para mim
Já que sou novato
Talvez um dia enfim
Seja versejador nato.
Maria João Brito de Sousa 01.09.2023

Só se é nato se à nascença
Se vier a versejar, rsrsrsrs
Eu cá não "boto" sentença
Porque nasci a rimar

(Bom dia! )
José da Xã 01.09.2023

Isto de fazer rimas
É algo complicado.
Mesmo sem temas
Fico todo apanhado.

(Boa Tarde!)
Maria João Brito de Sousa 01.09.2023

Não fique assim, apanhado,
Que isto é pura diversão
E o verso, ao ser desgarrado,
Faz-nos bem ao coração
José da Xã 01.09.2023

Muito sofre o coração
Por querer bem rimar
É preciso termos mão
para nada disto falhar.
Maria João Brito de Sousa 01.09.2023

Se o meu velho coração
Sofresse por bem rimar,
Já estaria num caixão,
Não o poderia usar
José da Xã 01.09.2023

Felizarda quem nasceu
Com queda para rimar
Já aqui se entendeu
É capaz de nunca parar.
Maria João Brito de Sousa 01.09.2023

É verdade, meu amigo,
Poderia não parar,
Mas onde acharia abrigo
Pra tanta rima guardar?
José da Xã 01.09.2023

Emprestar a este pobre
Que pouco sabe versejar.
Nem que fosse um nobre
Conseguiria melhor rimar.
Maria João Brito de Sousa 01.09.2023

Nobre, sou, mas à nobreza
Sei que nunca pertenci
E se em tempos fui burguesa,
Nem burguesa me senti...
José da Xã 02.09.2023

Sou do mesmo clube
Pois de pobre não passo.
Prefiro que me derrube
A ser aquilo que não posso.
Maria João Brito de Sousa 02.09.2023

Boa noite, meu amigo!
Eu, não tarda irei prá cama...
Sei que as cãibras são um p`rigo,
Porém Morfeu já me chama.
José da Xã 02.09.2023

Bom dia

Acabaram as férias
Há que voltar a bolir
Reformado e sem lérias
Não sei para onde ir.
Maria João Brito de Sousa 02.09.2023

Bom dia, José!

Também eu estou reformada
E, férias... desde menina
Que não as quero pra nada:
Bulir é a minha sina
José da Xã 02.09.2023

Prefiro o trabalho
A ócio como vida.
Mesmo com algum ralho
Trabalhar é preferida.
Maria João Brito de Sousa 02.09.2023

Dado eu estar muito doente,
O meu trabalho é pouquinho,
Não sou, porém, desistente,
Trabalho enquanto caminho
José da Xã 02.09.2023

Caminhar é sempre bom
Mesmo que seja devagar.
Dá para ouvir o som.
Dos pássaros e do mar.
Maria João Brito de Sousa 02.09.2023

Que delícia é caminhar
Quando o corpo nos não dói!
Agora mal posso andar,
Com esta dor que me mói...
José da Xã 02.09.2023

Eis a idade condor
Com dor, ali, acolá.
Dias com pouco sabor
Nem com gelados Olá.
Maria João Brito de Sousa 02.09.2023

Antes de responder à quadra, quero dar-lhe os meus parabéns porque esta sua quadra está em mais do que perfeita redondilha maior, José!!! Creio que já lhes apanhou o ritmo e a musicalidade!

Tive dor quando era nova,
Mas aguentava melhor
Do que hoje que ponho à prova
O melhor do meu valor...
José da Xã 02.09.2023

Maria João.
Tento sempre ajustar a quadra às sílabas. Por vezes consigo, outras nem por isso.
Obrigado.

Já tive dores assim
Daquelas bem pesadas.
Chegaram bem para mim
São águas passadas.
Maria João Brito de Sousa 02.09.2023

Estou contente por saber
Que as dor`s são águas passadas...
As minhas, inda a doer,
São manhosas, as danadas!

Eu sofro de dor crónica, mas já me habituei a viver com ela. Só quando se torna muito intensa é que me queixo... às vezes até me queixo nos poemas...
José da Xã 02.09.2023

Ora há que me cuidar
A "gota" me ataca.
Não posso desleixar
A boca é uma saca.
Maria João Brito de Sousa 02.09.2023

Ácido úrico é fogo!
Tem de ter muito cuidado
Que esse nunca ataca a rogo,
Nem tem de ser convidado!

(Também o tenho, mas nas mãos...)
José da Xã 02.09.2023

O úrico é danado
Apanha-me à sorrelfa.
Chato e assaz tramado
Agarra-me de naifa.
Maria João Brito de Sousa 02.09.2023

Receitaram Colchicina
Mas não a posso tomar
E esta maleita assassina
Continua-me a magoar
José da Xã 03.09.2023

Olá boa tarde,

Ando em.limpezas domésticas e ainda não tive tempo de lhe responder.
Vai agora.

Alguem disse altaneiro
Que não doía a dor.
Conversa de faroleiro
Não há dor sem amor!
Maria João Brito de Sousa 03.09.2023

Não há é amor sem dor,
Mas é uma dor dif`rente,
Bem dif`rente, no sabor,
Desta que hoje a gente sente!

Boa tarde, José! Também tenho andado de volta da roupa...
José da Xã 03.09.2023

Muitos escreveu Camões
Sonetos só de amor.
Um destroça corações
Só a espalhar fervor.
Maria João Brito de Sousa 03.09.2023

Bem poucos dos meus sonetos
Têm o amor por tema...
Vão mais longe, os meus projectos,
De tudo engendro um poema
José da Xã 03.09.2023

Quem me dera ser assim
Sonetista de mão plena.
Não será esse o meu fim.
Nada me vale a pena.
Maria João Brito de Sousa 03.09.2023

Ora... "tudo vale a pena"
Como nos disse Pessoa
"Se a alma não é pequena"
E o coração não destoa
José da Xã 03.09.2023

Pessoa é pessoa
E eu pobre escriba.
Não era poeta à toa
Eu sou apenas giba.

A pena é uma outra
A que aqui carrego.
O poeta tinha letra
Serei um pobre cego.
Maria João Brito de Sousa 03.09.2023

Qual pobre cego, qual quê!?
Eu também Camões não sou,
No entanto, quem me lê,
Diz-me que nada mal vou
*
E não quero ser ninguém
Que seja já consagrado:
Quero ser esta que vem
Sempre c`o verso atrelado
José da Xã 03.09.2023

Vai mui bem sim
Mesmo a desgarrar
Poetisa cheia, enfim
Eu tentar acompanhar.
Maria João Brito de Sousa 03.09.2023

Tempos houve, mais diletos,
Digo com alguma mágoa,
Em que eu escrevia sonetos
Como quem bebe um gol`d`água...
José da Xã 03.09.2023

Nem com muitos de Baco
Conseguiria tal façanha
De competência um naco
Do resto uma manha.
Maria João Brito de Sousa 03.09.2023

Eu, de Baco, nada aceito
Pois se aceitasse um nadinha,
Nada faria de jeito,
Nem sequer uma quadrinha!
José da Xã 03.09.2023

Por vezes um quartilho
Como se dizia outrora
Parecia um rastilho
Versejava toda a hora.
Maria João Brito de Sousa 04.09.2023

Nem uma gota, sequer,
A não ser de água ou de chá, [(C)
Ou passaria a escrever
Poesia muito má! ]

Vou ver o Summerland - parece-me um belíssimo filme e está a passar na RTP1- e depois vou-me deitar.
Até amanhã, José!
José da Xã 04.09.2023

Boa noite.

Só agora consegui vir escrever. Espero que se encontre em franca recuperação. Portanto... continuando a nossa desgarrada aqui vai.

Hoje não como nem bebo
Que depois há exame
Nem uma bolinha de sebo
Nada que me trame!
Maria João Brito de Sousa 04.09.2023

Boa noite, José!

Eu estou agora a comer
Uma sopinha de grão:
Que bem me está a saber
Esta parca refeição
José da Xã 04.09.2023

Comi um caldo de galinha
já que legumes não posso
Isto tem de estar na linha
Para não me tornar osso!
Maria João Brito de Sousa 04.09.2023

Mas um caldo de galinha
Não faz engordar ninguém...
Pode ser que uma açordinha
Seja o que mais lhe convém.
José da Xã 04.09.2023

Caldinhos e caldinhos
Eis o que posso comer.
Ate ter bons desalinhos
Há que a dieta manter.
Maria João Brito de Sousa 04.09.2023

Eu a dieta não estou,
Mais vai sendo habitual
Comer sopita se vou
Dormir bem sem passar mal
José da Xã 04.09.2023

Depois de amanhã
Tudo ha-de terminar.
Comerei ate de manhã,
A barriga empaturrar.
Maria João Brito de Sousa 04.09.2023

Que tudo lhe corra bem
Com esse exame, José!
Eu só para o mês que vem
Farei exames, olé!
José da Xã 05.09.2023

Vai ser o mês todo
de volta deste corpinho.
Estou enfiado no lodo
Ai de mim coitadinho.
Maria João Brito de Sousa 05.09.2023

Bom dia, José, bom dia!
Diz-me, hoje, que está na lama
E eu confesso que previa
Qu`inda estivesse na cama...
José da Xã 05.09.2023

Cama não é para o "je"
Gosto de cedo acordar.
Sai de madrugada hoje
Para chuva apanhar.
Maria João Brito de Sousa 05.09.2023

Quem gosta de chuva é flor...
Diga-me lá, meu amigo,
Se se inundou de vigor
Ou se procurou abrigo...
José da Xã 05.09.2023

Nada de me molhar
Pois guardei-me bem
Consegui, vá, escapar
Às nuvens de além.
Maria João Brito de Sousa 05.09.2023

Eu molhei-me e bem molhada!
Arrastei-me ensopadinha
Desde a bendita esplanada
Até esta casa minha...
*
Bem sei que a distância é pouca,
Mas à esta v`locidade
De lesminha taralhoca,
Molhei-me toda! Verdade!
José da Xã 05.09.2023

Mas a tarde foi de sol
daquele que aqueceu.
Mais um dia para o rol
Que de mim não esqueceu
Maria João Brito de Sousa 05.09.2023

Foi de sol, a tarde amena,
Mas agora há nevoeiro
Sobre esta Oeiras serena,
Sobre este imenso canteiro devia haver um emoticon de nuvenzinha...
José da Xã 05.09.2023

Por aqui também passou
Esse tal de nevoeiro
Não sei por onde andou
Talvez num cacilheiro.
Maria João Brito de Sousa 06.09.2023

Talvez de Alcácer Quibir
Tenha vindo, ou do Sará,
No tapete de um faquir
C`os ladrões de Ali Babá
José da Xã 06.09.2023

Bom dia alegria
Fora as tristezas
Para mais um dia
Repleto de certezas.
Maria João Brito de Sousa 06.09.2023

Peço desculpa, José,
Por ter chegado atrasada...
Não estive a fazer "crochet",
Estive é c`uma dor tramada...
José da Xã 06.09.2023

Oi coitada da João
não deve ser fácil
Viver com emoção
e tentando ser ágil.
Maria João Brito de Sousa 06.09.2023

Ágil? Só de pensamento,
Que o corpo, pobre de mim,
É canhestro e, de tão lento,
Começo e não chego ao fim!
José da Xã 06.09.2023

De pensamento e versejar
Tem de sobra agilidade
A Maria João a rimar
É uma ave em liberdade!
Maria João Brito de Sousa 07.09.2023

Também as velhas pardocas
Têm direito a voar
Apesar de usarem socas
E bengala pr`apoiar, rsrsrsrs
José da Xã 07.09.2023

Vou ora também voar
Depois do exame chato
Três horas a hospitalar
Sem um livro nem fato.
Maria João Brito de Sousa 07.09.2023

Há exames muito chatos
E outros muito demorados...
Enfim, que sejam exactos,
Mas dêem bons resultados!
José da Xã 07.09.2023

Viva Maria João
Ja cá estou a bombar
Palavras sem marcação
O que conta é rimar.
Maria João Brito de Sousa 07.09.2023

O que mais conta é rimar
Nesta festa desgarrada
Que hoje começa ao luar
Porque cheguei atrasada
José da Xã 07.09.2023

Chegou a Maria e eu
Que o dia foi farto
Muito trabalho me deu
Parecia um parto.
Maria João Brito de Sousa 07.09.2023

Sabe lá o que é um parto,
Ó meu amigo José!
Teve só um dia farto,
Parto... nem sonha o que ele é!
José da Xã 07.09.2023

Vi parir vacas e ovelhas
Porcas, burras e cadelas
As mães não são aselhas
Com os pequenos delas.
Maria João Brito de Sousa 07.09.2023

Ahahahahahahh!!!!

Não sou vaca, nem cadela
E porca não sou também...
Convém ter maior cautela
Quando a mulher passa a mãe
José da Xã 07.09.2023

Mãe há só mesmo uma
É tão certo e bonito
No meio da bruma
Defende o pequenito.
Maria João Brito de Sousa 07.09.2023

Sim, defende o pequenito,
Mas, depois de grandalhão,
Ou se cala, ou dá-lhe um grito
Quando el` se armar em mauzão
José da Xã 08.09.2023

Mãe será sempre mãe
Ontem, hoje ou amanhã
Um berro será também
Gesto de amor da mamã!
Maria João Brito de Sousa 08.09.2023

Eheheheh...

Sim, mãe será sempre mãe,
Mas se for desrespeitada,
Pode, mesmo qu`rendo bem,
Manter-se um tanto afastada

Bom descanso, José!
Francisco Carita Mata 31.08.2023

Pluma, levou-a o vento / Vento a levou veloz. / Água leva sofrimento / Da nascente até a foz!
Maria João Brito de Sousa 31.08.2023

Da nascente até à foz
Vão indo a água e a vida:
Vamos indo todos nós,
Cada dia uma corrida!
Francisco Carita Mata 31.08.2023

Cada dia uma corrida / Sempre o mesmo Destino / Sabendo que é a Vida / Valerá o desatino?!
Maria João Brito de Sousa 31.08.2023

Um pouco de desatino
Nunca fez mal a ninguém
E usado como o sal fino
Pode até fazer-nos bem...

Ana D. 30.08.2023

Fantástico!!!
Obrigada pela partilha!
José da Xã 30.08.2023

Podes entrar na brincadeira.
Bora lá?
Ana D. 30.08.2023

Não sei se tenho competências para tal!! Vocês são exímios na arte da desgarrada! Olha que dois!
José da Xã 30.08.2023

Eu não sou. A Maria João sim.
O que conta é divertimo-nos.
Maria João Brito de Sousa 30.08.2023

Então não há-de ter, Ana D.? Coragem! Tente as sete sílabas métricas em cada verso e venha brincar connosco!

Ana D. 30.08.2023

Estava por aqui a passar
Para o José visitar
Eis que dou com este rimar
Do Zé e da João a desgarrar

Beijinhos para ambos! Vocês são magníficos!
José da Xã 30.08.2023

Agora basta seguir
O que manda o coração
Tambem poderemos rir
Do que sai da nossa mão.
Maria João Brito de Sousa 30.08.2023

Agora já somos três
A brincar às desgarradas!
Agora é a sua vez,
Quero ouvir mais gargalhadas!

jabeiteslp 31.08.2023

E eu de gitarrinha afinadinha
a más horas chego tarde
voz engasgada em Tinto afinador
berro que nem um alarve

Belo fim de Semana pra vocês
José da Xã 31.08.2023

Bem versejado este
que agora aqui li.
Sói obra de mestre.
Do melhor que já vi!
Ana D. 31.08.2023

Depois de começar
Não mais quero parar
Deixamos agosto passar
Sempre neste desgarrar
José da Xã 01.09.2023

Desgarrar é coisa boa
Para quem quer divertir
Mais vale um verso à toa
Que uma noite sem rir.
Maria João Brito de Sousa 05.09.2023

Se até os anjos alinham
Nesta nossa desgarrada,
Já nossos versos se apinham
Em torno da festa alada

Ana D. 31.08.2023

Depois de começar
Não mais quero parar
Deixamos agosto passar
Sempre neste desgarrar
Maria João Brito de Sousa 05.09.2023

Siga então a desgarrada
Que vamos no quinto dia
De um Setembro em que chuvada
Já causou muita avaria

De Algés até à Parede, a chuva fez muitos estragos, por aqui, Ana D.

Cotovia@mafalda.carmona 05.09.2023

Ora aqui chego eu
Ou antes Cotovia
Já em atrofia
Com o que perdeu.

Com os comentários
Mais de uma centena,
Até a asa abana,
E dá calafrios!
José da Xã 05.09.2023

Sou eu o culpado
De tamanha bravata
Maria de um lado
Neste ata e desata.

Faltou a Cotovia
para ajudar à festa
Nem sei onde estaria
Se não fosse a sesta.
Cotovia@mafalda.carmona 05.09.2023

pois tu és culpado sim
Por seres um bom conviva,
Neste espaço és assim
Andamos em roda viva!
José da Xã 05.09.2023

Corre-se de cá e para lá
Como se fosse atleta.
Já viste se por aí há
Desgarrada como esta?.
Cotovia@mafalda.carmona 06.09.2023

Cotovia@mafalda.carmona 05.09.2023

Além de estar atrasada,
Venho com rima trocada
P'lo cinco fui enganada,
Para o sete destinada.

Mais, a rima foi em ABBA,
Ninguém a quer para nada,
Pois em ABAB se quer a quadra.
Estarei agora orientada?

Irei conseguir falhar,
Por mais que tente acertar,
Agora está tudo em ar,
Sou mestre a desafinar.

Mas não vim voando em vão,
Já aqui vi o Francisco e a Ana,
O José da Xã e a João,
Verei quem mais aqui anda.
- link do comentário
- responder

Maria João Brito de Sousa 05.09.2023

Até o Anjo da Esquina
Veio até cá desgarrar!
Esta desgarrada anima
E até serve pra cantar!
Cotovia@mafalda.carmona 05.09.2023

E até serve para cantar
Mais ainda para divertir
Vamos todos desgarrar,
(Diz a Ana) até ao Natal persistir!
Maria João Brito de Sousa 05.09.2023

Se até ao Natal durar,
Até lá desgarrarei
E quando o ano mudar,
Se cá estiver, quadrarei!
Cotovia@mafalda.carmona 05.09.2023

João fazes-me tu lembrar
O meu caro cabeleireiro
Disse para eu lá passar
Por volta do mês janeiro

Se eu não aparecer
Já sei o que lhe dizer
Andei em grande desgarrada
Até passou a consoada!
Maria João Brito de Sousa 05.09.2023

Ahahahaha

Se eu for ao cabeleireiro
C`oa floresta capilar
Que me cobre o dorso inteiro,
Vou vê-lo é a desmaiar... rsrsrsrs
Cotovia@mafalda.carmona 06.09.2023
Maria João Brito de Sousa 06.09.2023

José da Xã

José da Xã

Desgarrando!

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