Desabafo!
Porque quero escrever
Se mais não sei qu'isto?
Alinhar palavras e ver
Se vale a pena o misto.
Não serei nunca poeta
Pois nem sei chorar
Escrevo à dor pateta
Esta raiva de corar.
Desembainho motes
Que me dão alento
Ao ver nas frias fontes
O rosto do momento.
Que esperarás ó tu
Deste trágico viver
Que seja um gabiru
Até ao dia de morrer.