Às vezes a realidade é dura. Tu escreves um pouco sobre esse retrato.
Não sei porquê mas este arrepiou-me, talvez porque me coloquei no lugar dela... Perdida, com culpa, sabendo que não está bem mas que quer subir do fundo do po3 onde se encontra mas não tem a capacidade de nadar sozinha...
E eu que vivi com essa dura realidade? Sei muitas vezes do que falo. Nunca tive qualquer depressão mas vi a minha mulher cair e erguer-se. Ajudei-a sempre naquilo que pude. A vida nem sempre é fácil.
Triste é quando não têm ajuda e ainda por cima são abandonadas agravando o quadro. Conheço uma professora do ensino superior, excelente profissional e inteligente, que simplesmente pirou.
Mas acredita que os medicamentos não resolvem! Especialmente quando as pessoas são novas. Então qual o remédio? Perguntar-me-ás... Nâo sou psiquiatra nem psicólogo para apresentar soluções milagrosas. Uma coisa é certa: tudo parte da nossa maneira de ver a própria vida. Ou melhor... a forma como aceitamos o que a vida nos tem para nos oferecer. Mesmo nos momentos menos bons! É aqui que reside o segredo... Aceitar. (Um belo tema para um post, não achas?).
Sempre aceitei. Com muita dor interior é certo. Por vezes alguma revolta. Mas no fim... aceitava. Creio mesmo que a minha fé religiosa deu-me o lastro suficiente para percorrer este caminho. Contento-me com pouco, mesmo muito pouco. Porque no fundo, no fundo não sou dono de nada. Minto... apenas dos meus sonhos. Estes ninguém me rouba.