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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Contos para a minha neta ler!

A menina e o burro

Naquela planície plana e a perder de vista nasceu certo dia um burrito. A sua mãe desde logo o protegeu, assim como os restantes animais do prado como os cavalos, éguas, vacas, bois, ovelhas e carneiros.

O pequeno asno rapidamente foi adoptado por todos o que fez dele um animal muito feliz.

Todavia à volta do prado havia uma cerca alta e robusta que limitava as fugas e ao mesmo tempo a entrada de outros animais.

Certo dia o jovem jumento abeirou-se da cerca. Do outro lado uma menina olhava o prado com um olhar iluminado ao qual acrescentou um sorriso infantil. Assim que percebeu o burrito estendeu a mão para uma festa ao animal.

De repente a mãe da menina surgiu a correr e tentou afastar a criança que começou a chorar. Porém no dia seguinte voltou a aparecer e todos os dias seguintes. Da menina e do burro nasceu assim uma forte amizade sem que ambos o percebessem.

O animal sempre que via a cachopita a aproximar-se da cerca corria para ela e a menina passou a trazer maçãs e favas para o burrito comer.

Brincavam como podiam, cada um do seu lado da cercadura… Mas ambos pareciam felizes.

Um dia e sob um descuido maternal a menina ficou a brincar até mais tarde. Caía sobre a planície uma penumbra estranha pronta para a chegada dos mais vorazes.

Foi nesse instante que uma loba esfomeada se aproximou lentamente da cerca onde brincava a criança e o burro. Dissimulada por entre a densa vegetação a loba olhava a criança com um apetite voraz.

De súbito do outro lado da cerca todos os animais do prado estavam juntos evitando que a menina fosse atacada pela fera. Mas a criança não percebia o perigo que se aproximava da orla da floresta.

Quando a loba tentou atacar os outros animais juntaram-se numa algazarra que despertou a atenção dos pais que correram apressados ao prado.

Assim que chegaram já nada podiam fazer… havia sido tarde demais! A menina sentada no chão afagava com doçura a loba esfomeada.

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