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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Branco... e não só!

Hoje é o dia do bonito branco

Pai simples de todas as cores.

Da pureza com quem eu brinco

As laranjeiras e das suas flores.

 

Antes foi aquele vermelho forte

Do doce morango e do sangue.

Que sem este presente é a morte

Desta triste vida que é exangue.

 

Falou-se de um simples amarelo,

Aquele de um pôr e nascer do sol.

Uma cor por detrás de um novelo

Uma luz mais forte que nem farol.

 

Escreveu-se sobre uma linda rosa

Que é a cor intensa do feliz amor.

Uma flor, uma flama tão graciosa,

Um mero desejo plasmado em dor.

 

Tombaram castanhos e castanhas

No meu singelo e real embaraço.

Cores escuras e assim tamanhas

De todas as vidas, um só pedaço.

 

Os loucos azuis talhados de tons

Escuros, claros, vivos, eléctricos.

Mais do que o mar os seus sons

E os ensejos quiçá tão patéticos.

 

 

Verdes foram eles frescos, muitos

Que sem falhas todos esgalharam.

Uns simples, outros mais afoitos

Mas que a todos nós encantaram.

 

Ouve mesmo uma certa laranja,

Que assumimos ser cor berrante

Foi-nos servida numa bandeja.

Peça única, linda e esfuziante.

 

Para o fim ficou o infame preto

De cor só tem mesmo o nome

É mui estranho talvez obsoleto

O tom do luxo, da dor e da fome.

 

Texto escrito no âmbito do desafio da "caixa de lápis de cor" da  Fátima,. Entram também a Concha, A 3ª Face, a Maria Araújo, a Peixe Frito, a Isabel, a Luísa De Sousa, a Maria, a Ana D., a Célia, a Charneca Em Flor, a Miss Lollipop, a Ana Mestre, a Ana de Deus, a Cristina Aveiro, a bii yue, o João-Afonso Machado , a Marquesa de Marvila e a Olga Cardoso Pinto.

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