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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

21 dias na aldeia (2)

 

I – O Vento

 

Um raio de luar espreita a povoação

Por detraz do cabeço, orgulhoso e altivo

Quere saltar o monte alto, deixar de ser cativo,

Ultrapassar as grades, ser livre da prisão.

Há estrelas também! E há também o vento.

Que as faz bailar lá em cima no escuro firmamento!

 

E sopra o vento forte! E espreita o luar!

E bailam as estrelas brilhando, a cintilar!

 

Soa ao longe um latido dum cão bem vigilante.

Que é? Se não é gente que vem para roubar!

É nos ramos da oliva o vento a perpassar

A fazê-los tremer, num trémulo vibrante.

 

E o vento que acorda o bom do cão amigo,

Que faz tremer os ramos das olivas despertas

É ‘inda o mesmo vento, o mesmo Eolo antigo

Que nos antigos tempos levou às descobertas,

Que levou os heróis, por esse mar além,

A construir impérios e estradas abertas

Aos humanos gentios da nossa pátria-mãe.

 

É esse mesmo vento que numa hora calma,

Me incita a versejar e acorda a minha alma!

 

 

21 dias na aldeia - Introdução (1)

Os poemas que a seguir publico não são da minha autoria. Assina o autor como Eduardo Monteiro – nem sei se é algum pseudónimo. Encontrei estes textos no meio de papéis muuuuuuuuito velhos. Datam de Setembro de 1946.

 

Publico-os porque lhes achei muita graça e faço-o tal e qual o manuscrito. Com eventuais erros ortográficos (ou não!!!).

 

Acabei por incluir fotos dos originais do textos.

 

 

Introdução

 

Maria, não digas nada

Eu te peço o grande favor

Um cajado e uma pedra

São as armas, ai! do pastor!

                            

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Editado no dia 7 de Julho de 2014

Eu e o Sporting

Era muito miúdo, quando fui à bola pela primeira vez. Honestamente não me lembro desse dia… Sei pelos próprios, que foi o meu pai e um tio que pegaram em mim e me “apresentaram” ao Sporting. E recordam que me portei ao nível de um leão, se bem que de juba pequena…

 

Por aquilo que afirmam foi um Sporting-Setúbal. Mas nem sei (nem se lembram!) o resultado final do jogo.

 

Depois desse, assisti a muitos outros jogos: em Alvalade a maioria, no Barreiro, em Setúbal (parece quase fetiche!), Jamor, Restelo e Tapadinha. Mais recentemente em Alverca e na Amadora.

 

Recordo mesmo um tempo em que começava o fim de semana a ver os juvenis ao sábado de manhã, os juniores à tarde e a equipa principal à noite. Chegava a casa de barriga cheia!

 

Não obstante estas presenças em campos de futebol sofro com o Sporting seja em que modalidade for. Atletismo (talvez mais, assumo!), andebol, futsal, xadrez ou bilhar… tudo é o nosso clube. E ai como me dói quando perdemos!

 

Ser do Sporting não é ser do melhor clube do mundo, é acima de tudo uma filosofia que perdura para o resto da nossa vida. E saber sofrer é também uma virtude. Porque na hora de ganhar é a glória perfeita.

 

Já passei, obviamente, o testemunho aos meus filhos, que tal como eu sofrem a bom sofrer com o Sporting.

 

Será isto a tal mística de que tanta gente fala?