21 dias na aldeia (8)
VII - Noite
Agora muda o tempo. Acabou o calor.
O dia foi tão quente quão ventosa é a noite!
E a noite escura e triste mete tanto temor,
Que a sair à rua, pouco há quem se afoite!
O vento sopra rijo. Vento frio, gelado,
Que mais frio é ainda, só porque vem do Norte.
E embora a noite assim, para alguns seja feia,
Para mim, triste, pobre desventurado,
Embora o vento sopre rijo, gelado e forte,
Ainda mais bela faz esta já bela aldeia!
Eu sou como Junquiero! Gosta da noite assim!
Luar! Estrêla! Vento, soprando a entrar em mim!