21 dias na aldeia (7)
VI - Crepúsculo
O sol vai-se a esconder, já para além da serra.
A noite tomba um véu sôbre o dia da terra.
Enxada ao ombro, volta o camponês ao lar.
Deixou de trabalhar.
"Agora, cavador, podes ir descansar!"
Os bois, puxando o carro, voltam à povoação.
Vêm mais ajoujados, o carro vem carregado.
E o boieiro à frente, também já vem cansado.
Agora já não canta, pica-os com o aguilhão.
A mulher pôs a mesa,
Acendeu a candeia.
E aquela luz na aldeia,
Inspira-nos tristeza!
O bébé acordou. Ei-lo agora abrincar.
O crepúsculo baixa! É a noite a tombar!
Nas paredes branquinhas, de branca e alva cal,
Já não se reflecte o quente sol de verão.
E a falta de luz na linda povoação,
Torna ainda mais bela esta noite estival.
Só luz dentro das casas. A pedregosa rua
Só é iluminada pelos clarões da lua!