21 dias na aldeia (3)
II - Poeta
A versejar rimas pobres,
A pobres versos rimar.
Ah! Vós, poetas bem nobres
Bem me podeis condenar!
Que sou eu? Um visionário,
Um louco, um sonhador.
Um doido extraordinário,
Mísero versejador!
Para quê? Porque tentar
Os poetas imitar?
É o vento forte soprando...
É a oliveira vibrando...
As estrêlas cintilando...
É a alma versejando
Que assim me faz pensar...
É a minha alma inquieta
que me faz pobre poeta...