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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Estória sem verbos!

Desafio daqui

 

- Que gaita!

Aquele carro impossível, lindo, fantástico sem pneu. Pontapé na roda, coração triste, revolta assaz.

-  Aló, assistência em viagem?

O reboque com mais um companheiro ao colo. A caminho da oficina.

Ele ora a pé!

- Que gaita!

Telemóvel em punho, o céu azul, os pés inquietos!

- Maria?

Um carro mui velho, quase sem pintura, quase podre, mas com pneus.

- Que gaita!

Beijos!

Para a minha neta

Beijei-te!

Um beijo simples, suave,

encharcado em carinho.

Tu sorriste inocente.

 

Beijei-te!

Gesto repentino e tão meu,

inundado de ternura ilimitada.

Tu aceitaste como dádiva.

 

Beijei-te!

Quantos mais receberás?

Tão iguais ao meu.

Tu agradeceste com o olhar!

 

Deixa-me beijar-te

até ao infinito.

Pois é, por ti, e até aí

que vai o meu amor!