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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Um desafio empolgante – XVI

Resposta ao desafio da Ana

Com a contratação de Alcides, a jovem administradora cumpriu o que havia dito e demitiu-se da empresa. Mesmo oferecendo-lhe um lugar como consultora preferiu sair para não causar mal-estar.

Para já iria tirar uns dias de férias ainda que o tempo não fosse convidativo. Longe da cidade, do movimento louco, das permanentes correrias.

Naquela manhã levantou-se tarde de tal forma que a empregada quando entrou em casa assustou-se com a presença da patroa:

- Ai doutora… que não a sabia cá… Que susto! Desculpe… bom dia!

- Bom dia! Não te preocupes comigo. Vou arranjar-me e depois irei sair. Não sei quando chegarei.

- A doutora trabalha demais… e é uma jovem… tão bonita e solteira…

A patroa sorriu. Aproximou-se da empregada e confessou em tom baixo:

- Sabes que a vida prega-nos muitas partidas…

- Oh se prega doutora… - concordou a outra acenando com a cabeça.

- O que te vou dizer não é para contar a ninguém.

- Fique descansada… a minha boca é um túmulo – e cruzou os dedos sobre os lábios.

- Desempreguei-me… por amor!

- Ai doutora que história tão linda… - e rapou de um lenço que tinha na manga do casaco e limpou duas lágrimas.

- Agora é que vai ser um desafio… no mínimo empolgante! – devolveu Ângela.