Um desafio empolgante – XVI
Resposta ao desafio da Ana
Com a contratação de Alcides, a jovem administradora cumpriu o que havia dito e demitiu-se da empresa. Mesmo oferecendo-lhe um lugar como consultora preferiu sair para não causar mal-estar.
Para já iria tirar uns dias de férias ainda que o tempo não fosse convidativo. Longe da cidade, do movimento louco, das permanentes correrias.
Naquela manhã levantou-se tarde de tal forma que a empregada quando entrou em casa assustou-se com a presença da patroa:
- Ai doutora… que não a sabia cá… Que susto! Desculpe… bom dia!
- Bom dia! Não te preocupes comigo. Vou arranjar-me e depois irei sair. Não sei quando chegarei.
- A doutora trabalha demais… e é uma jovem… tão bonita e solteira…
A patroa sorriu. Aproximou-se da empregada e confessou em tom baixo:
- Sabes que a vida prega-nos muitas partidas…
- Oh se prega doutora… - concordou a outra acenando com a cabeça.
- O que te vou dizer não é para contar a ninguém.
- Fique descansada… a minha boca é um túmulo – e cruzou os dedos sobre os lábios.
- Desempreguei-me… por amor!
- Ai doutora que história tão linda… - e rapou de um lenço que tinha na manga do casaco e limpou duas lágrimas.
- Agora é que vai ser um desafio… no mínimo empolgante! – devolveu Ângela.