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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Perdido!

Mais uma resposta ao desafio da Ana.

 

Gostaria de escutar outra vez o mar

E sentir nas faces sua força pujante.

Encharcar-me de sal e poder sonhar

Como a gaivota no seu voo rasante.

 

Quero ouvir-te chamares por mim,

Eu que te amei sem saber quanto.

Abraçar-te num amplexo assim,

Repleto de risos, alegria e pranto.

 

Eis este escriba de insonsas palavras

Carregadas de tristeza, derrota e dor.

É hora de partir para joviais lavras

Mas falta-me o sol, a luz e o amor.

 

Saio de mansinho para a noite, só

Em busca do verdadeiro sentido.

Reconheço o trilho sinuoso e o pó

Deixai-me finalmente: estou perdido.