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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Poema breve

Há no teu voar

sereno e ondulante

Uma liberdade

que eu não conheço.

Há no teu grito

sonoro e profundo,

Uma voz

que não sei traduzir.

 

Colada ao anil

tão claro e infinito,

Voas buscando

um novel caminho.

És um momento

de liberdade.

Partir por fim,

jamais regressar.

 

Escondes-te

nessa almofada,

que pinta

o céu de branco.

Sobes e desces

ao vento...

Esse nosso amigo

silencioso.

 

Sonho-me também

assim livre,

repleto de mundo

ao meu redor.

Sonho-me também

assim perto,

desse azul céu

límpido e perene.

 

Somos homem e ave

a ansiar,

que a noite escura

nunca chegue.

Ambos queremos

amar o infinito,

E achar

a vida num desejo!