Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Saudades tuas!

Revi-te hoje… tão, tão ao longe.

Esse sorriso matreiro, inocente

Agora que pareço um monge…

Não esqueço esse riso quente.

 

Tenho saudades, muitas, tantas

De se sentir encostada a mim

Sei que te enrolas em mantas

Numa brincadeira sem fim.

 

Quanto tempo decorrerá ainda

Até te receber nos meus braços?

Sei que a minha vida não finda,

Até voltar a receber teus abraços.

 

És o meu incalculável tesouro

Que quero para sempre resguardar

Não há sarraceno nem mouro,

Que eu não te consiga guardar!

Preto!

Resposta à Fátima Bento!

Dizem-me que definitivamente o preto não é cor, mas a ausência de cores.  O preto pode ser então dor de um luto carregado ou tristeza de fome atroz.

Acenei entretanto a bandeira preta à espera de acordar a realidade. Responderam-me com bastões também pretos a simbolizar a arrogância.

Depois houve aquela noite… de preto vestida e onde os loiros dos teus cabelos cairam alinhados. Um sonho… tão bem sonhado.

Olho agora as mãos pretas do lixo que apanho para enganar aquele rato preto que quase me esventra. Há muito que não vêm água.

Demasiado preto na minha vida, sopram-me ao ouvido!

Também não quero saber…

Mas se não é mesmo uma cor, deixa-me então iluminar o preto da escuridão com a luz das minhas pobres e singelas palavras…

Participam neste exercício de escrita:  a FátimaConcha, A 3ª Face, a Maria Araújo, a Peixe Frito, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Maria, a Ana D., a Célia, a Charneca Em Flor,  a Gorduchita, a Miss Lollipop, a Ana Mestre a Ana de Deus, a Cristina Aveiro, a bii yue, e o João-Afonso Machado