Vinte e um!
Cerram-se com vigor os punhos.
Gritam-se alarvemente alegrias,
Sonham-se luminosos Junhos
Repletos de luz e energias.
Saiba eu quem somente acredite,
O que tantos outros desejam
Há quem ainda muito medite,
No que os crédulos ensejam.
Saiu um ano, entrou um ano,
todavia a dor ainda aqui fica
Sem sequer saber qual o dano
Nem o que aquele significa.
Foram dias, semanas, meses,
Abraços e carinhos proibidos
Foram tantas, tantas as vezes,
Que perdemos nossos sentidos.
Que possa finalmente eu dar
Aquele abraço sincero, quente
E em vez de um vazio, um mar
De mãos abertas a toda a gente!
A esperança mora aqui!