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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Amanhã

Não há palavras nem poemas,

Nem gritos nem beijos.

Só esperanças e ensejos.

 

De um novo raiar luminoso,

Há outros sonhos renovados

Cem dias amargurados.

 

Desfolho estranhas semanas

Repletas de páginas em branco,

Dúvidas, desejos e pranto.

 

Dói-me a paz e o sossego

A alma, o espírito, a emoção,

A tua ausência e o coração.

 

Não quero perder o rumo,

De te ver só mais uma vez,

Liberdade!