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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Uma dúzia...

Faz hoje precisamente 12 anos que abri este espaço apenas com a ideia de desviar para aqui os textos que não tinham, a meu ver, cabimento neste meu blogue.

Actualmente é uma espécie de armazém de escrita intimista e a com qual tento dar mais um passo no caminho da excelência!

Entretanto este ano ousei desbravar caminhos diferentes em termos poéticos. Escrevi imensas quadras em diferentes desgarradas (pena que mais gente não tenha entrado na brincadeira) e mal versejei diversos sonetos.

Inventei uma família atípica e meio desconfigurada para corresponder a um desafio lançado por uma esta bloguer amiga ao mesmo tempo que respondia a outros desafios que em breve verão a luz do dia em forma de livro.

Ao todo foram publicados, neste último ano, somente 67 postais, portanto... coisa pouca...

Em jeito de remate final cabe-me agradecer a todos quantos aqui vieram ler e comentar. A escrita só tem mesmo verdadeiro valor se for lida. Nem que seja apenas por uma só pessoa.

Fiquem bem e a gente lê-se por aí!

0nze anos!

Em 2012 decidi dar luz a alguns textos que estavam guardados e outrossim fazer nascer outros que dormiam dentro de mim.

Mais de uma década passada continuo a perguntar-me se terá valido a pena abrir este blogue? Não só por aquilo que aqui vou depositando, mas principalmente porque tento esclarecer-me quanto à qualidade destes nacos de textos. Maldita dúvida!

Independentemente daquilo que penso sobre a minha escrita, vou continuar por aqui.

Agora com os desafios recentes e que eu próprio alimento...

Obrigado a quem aqui vem!

Sabe bem saber que desse lado há sempre alguém e ler-me!

Rosa de Maio

Para a Fátima Soares com um beijo de muitos parabéns

 

 

Colhi-te numa Primavera.

Eras simplesmente um botão de rosa,

Fechado, temeroso e ingénuo.

O mundo era ainda uma aventura,

Mais que um desejo ou fronteira.

 

Com o tempo foste abrindo.

E logo o perfume começou a exalar.

Inebriante, doce, belo e sedutor.

Polvilhei-te então com pequenas gotas

De amizade fresca e sorriso jovial.

 

Um dia uma veluda pétala,

no dia seguinte um estame.

Uma noite um perfume,

na outra noite uma alegria.

E a rosa a florir feliz.

 

Um espinho deixou então marca.

Pois uma brisa levara-lhe a coberta

Balançando ao vento da tarde.

Do sangue quente e vermelho,

Veio o sopro que a desfolhou.

 

Já rasa de aveludadas pétalas

Olho-a ainda com doçura

Pois perdura o seu perfume.

Deixou assim de ser a flor singela

Para ser a Roseira Brava do meu jardim.

Um ano depois

 

Faz hoje um ano que iniciei este blogue.

 

Cento e trinta e oito posts depois e mais de uma centena de comentários é todo o pecúlio que aqui fui juntando.

 

Mantive-me claramente mais fiel a um outro blogue, de temas mais generalistas e que vou alimentando devagar. Quanto a este, fiz o possível por ser competente e audaz. Provavelmente sem sucesso!

 

Tenho porém a certeza, que as mais de 2000 visitas que consigo contabilizar se devem essencialmente à fase em que partilhei com a Fátima (ou Verniz Negro, como sempre aqui assinou) grande parte das “estórias” que aqui alternadamente fomos “desembrulhando”, numa aventura muito engraçada.

 

Foi uma experiência fantástica que me obrigou a disciplinar e a puxar pelo melhor e pior que tenho dentro de mim. Sem rodeios!

O futuro? Bem… nestas coisas de previsões, reside sempre a ideia de que se espera mais do que aquilo que foi feito. Todavia não sei se terei arte e engenho para tanto.

 

Desejo obviamente, neste meu primeiro post de aniversário, agradecer a todos quantos se maçaram a vir aqui ler, aos comentadores e acima de tudo exibir publicamente a minha mais profunda gratidão à Fátima, por todo o empenho, pela ternura, pelo carinho e pela sua tão natural capacidade para a escrita e que aqui colocou duma forma tão competente e profissional.

 

Um grande bem-haja para a minha amiga Fátima!

 

Vemo-nos (e lemo-nos!) por aí…