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José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

José da Xã

Escrever mesmo que a mão me doa.

Ao meu pai!

Quantas palavras disseste que não escutei

Quantos conselhos deste que não segui,

Quantos ensinamentos que eu esqueci.

Quantas coisas quiseste que não dei.

 

Ser meu pai não foi fácil, eu sei, eu sei!

Fui deveras duro, rebelde, inconstante,

E o passado que te proporcionei...

Não foi digno da tua vida errante.

 

Hoje sei o que vales para mim

Neste dia que agora também é meu

Tu és a ancora, a enxada, o sem-fim,

A noite fria, o dia quente, o anilado céu.

 

 

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